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sábado, 13 de novembro de 2010

ARTIGO- Censurar Lobato mais uma vez?


                                                                                       Divulgação
Tia Anastácia: A representação do  folclore brasileiro.


     Vendo a Tv Cultura hoje, me atentei a Frase de Lygia Fagundes Telles e entrevista : " Se no Brasil tiver mais creches e escolas, terá menos hospitais e cadeias". Ela se referiu ao caso do " censura-não-censura-Lobato, sendo que mais uma vez nosso escritor é jogado no muro, só que agora com referência ao tratamento "preconceituoso" com Tia Anastácia.
     A trama se desenrola com o tal de proibir os livros de Lobato nas escolas públicas porque segundo alguns ele teria preconceitos com negros. Bom, o fato que ninguém analisa é que existe MUITO preconceito no Brasil, e não são só com os negros.
    Censurar uma obra  em um país democrático é absurdamente contraditório, e pior: É fechar os olhos.Por que querer censurar Monteiro Lobato se  Machado de Assis refere-se a personagem Eugênia por meio de Brás Cubas como :“Por que bonita, se coxa, e por que coxa, se bonita?”, isso também não seria preconceito? E os tantos gênios da literatura brasileira que citam essas peculiaridades?
     Se caso Monteiro Lobato fosse racista, na época não seria ilegal, uma vez que ele faleceu em 1948, antes que existisse leis contra racismo, sendo a primeira criada em 1951, conhecida como a Lei Afonso Arinos, posterior a sua morte.
    A Tia Anastácia foi criada em homenagem a ama-de-leite do filho de Monteiro Lobato. Na História, ela é uma negra conhecida como grandiosa quituteira e costureira, na qual criou  Emília, a boneca falante, que é a personagem mais inteligente do Sítio, ou seja: Monteiro Lobato não tinha preconceito com ela, caso contrário não teria dado a ela a chance de "criar" a personagem mais famosa de suas obras, além de representar uma pessoa próxima. 
    Tia Anastácia é a representação do povo, do Folclore ambulante! E é nela que residem todas as crendices, artefatos de um país rural em desenvolvimento que foi no passado, só não vê isso quem não quer.

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