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domingo, 30 de maio de 2010

Ong como mercado de trabalho

                    Fernanda Toffuli
    A Ong RE-Si-CLANDO, trabalha com foco na geração de renda e por isso gera recursos para 21 famílias.

      “A gente quando fica desempregado fica triste, mas agora que eu estou trabalhando até minha saúde melhorou”. Com essa disposição José Hugo de Sousa trabalha como prensista na Ong Re-Si-Clando. “É RE-SI-Clando com S, porque esse trabalho faz a socialização dos trabalhadores e recicla a si mesmo, com humor, alegria e dignidade”, diz Paulo Vinicius do Nascimento, coordenador e trabalhador do projeto.
     José veio do estado de Minas Gerais para Taubaté e conta que lá a reciclagem ainda não tem a dimensão que tem em São Paulo.Ele decidiu ficar com a família aqui na cidade de Taubaté e trabalhar no projeto,cujo trabalho , além de gerar renda, preserva o meio ambiente. “A gente joga muita coisa fora, como o isopor, e trabalhando aqui eu descobri que ele pode ser reciclado e vendido, além de evitar que ele possa entupir esgotos e prejudicar a saúde”.
     O terceiro setor vem crescendo e a economia também vem acompanhando este crescimento. Hoje as
Ongs já somam mais de 270 mil no Brasil, crescem 5% ao ano, e o número de funcionários ultrapassa um milhão, segundo dados da ABONG-Associação Brasileira de Organizações não Governamentais.
     “No começo dos anos 80, as ONGS tinham um caráter de defesa unicamente de uma causa, a partir dos anos 90, elas começaram a difundir um caráter de sustentabilidade, na qual o ex-voluntário começou a tirar sustento da própria ONG” , explica Elisa Maria Andrade Brisola, professora do Seviço Social da Unitau”.
     No Vale do Paraíba, a predominância de Ongs voluntárias ainda é grande, principalmente por conta de estagiários. ”Aqui, as vagas remuneradas ainda são poucas e emergentes, mas isso já começou a mudar e para a melhor, transformando a ong em mercado de trabalho”, diz Elisa.
     A Ong RE-Si-CLANDO, trabalha com foco na geração de renda e por isso gera recursos para 21 famílias. Ela é responsável por separar os diversos materiais recicláveis recebidos pela coleta seletiva de alguns bairros e empresas, e vender a matéria prima para as empresas específicas.
     “Os funcionários também tem direito à cesta básica todo mês, e o dinheiro recebido das empresas é dividido entre os funcionários não voluntários. “Aqui eles têm direito”, explica Maria Helena Santos, assistente social do projeto.
    Esse projeto de reciclagem é único em Taubaté .Com o foco em geração de renda faz com que a economia da cidade cresça e mostre que nem toda Ong é de caráter voluntário e que não possa fazer partede uma fatia produtiva do mercado.

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