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sábado, 1 de maio de 2010

As Faces de "Cidades Mortas"

    
                                                                            Fernanda Toffuli
Um bom livro para entender as Cidades do Vale do Paraíba


     Cidades Mortas. Esse título colocado no livro de Monteiro Lobato serve para retratar de uma forma sarcástica a vida e os modos do povo de Itaoca - cidade criada para representar o Vale do Paraíba e Histórico no começo do século XX.
     Em síntese, o autor aparece neste livro bem diferente como nos outros livros infantis, sendo arrojado, polêmico e com um humor à francesa, sendo muito sutil, ironizando muitas vezes as cidades que se afundaram ou não evoluíram com o tempo, além de questionar a monocultura do café na região paulista. Monteiro Lobato mantém a sua crítica permanente, assim como faz em todos os outros livros voltados para o público adulto.
     A obra é composta por trinta contos - Cidades Mortas, A vida em Oblivion, Os Perturbadores do Silêncio, Vidinha Ociosa, Cavalinhos, Noite de São João, O Pito do Reverendo, Pedro Pichorra, Cabelos Compridos, O Resto de Onça, Por Que Lopes se casou, Júri na Roça, Gens Ennyyeux, o Fígado Indiscreto, O Plágio, O Romance do Chopin, O Luzeiro Agrícola, A Cruz de Ouro, De Como Quebrei a Cabeça à Mulher do Melo, O Espião Alemão, Café Café, Toque Outra, Um Homem de Consciência, Anta que Berra, O Avô de Crispim, Era no Paraíso, Um Homem Honesto, O Rapto, A Nuvem de Gafanhotos, Tragédia de um Capão de Pintos – todos revelando o lado mesquinho ou atrasado do povo que, segundo Lobato, existiam no interior do estado de São Paulo
     O livro possui uma linguagem incomum para os dias atuais, sendo necessário muitas vezes o uso do dicionário, já que as palavras são de uso cotidiano. Cidades Mortas é destinado ao público que gosta de uma linguagem peculiar ou que quer saber um pouco mais sobre Monteiro Lobato e suas obras, principalmente as que ironizam o senso comum de um povo interiorano.

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